10 de junho de 2010

Formoso sabiá

Quão tola era a moça, que julgava o sabiá:
" - Pequenino, tu que não cantarolas em meu ouvido.
Cujo interior está vazio,
Quero uma canção para repousar.
Tu, que de seu ventre não sai mais frutos,
Sinto dó por ser tão robusto,
E de seu bico não soltes ao luar,
A canção pra'eu repousar."
Contudo o sabiá sabia, sabia disto e muito mais,
A tola moça de vida triste,
Aguardava sua canção para em prantos rolar.
Foi quando ao pé de sua janela,
O sabiá fora visitar.
E com um par de asas brancas como uma nuvem,
Fez a tola moça voar e reclinar aos céus,
Batendo asas, voando alto em direção ao infinito,
E ao som da mais perfeita melodia,
Conheceu o céu, conheceu a vida.
Fora de montanhas à rios na companhia do pequeno sabiá.
Quando voltaste à Terra,
A moça acordou para a vida,
Num pulo saíste do lugar que sugara seus planos,
Suas alegrias, a cor dos seus sonhos.
E ao som da melodia do Sabiá.
seus passos foram ao encontro da vida.
" - Ah, Sabiá, minha tolice ofuscou os olhos,
Tu me ensinaste a amar.
Agora com o formoso Sabiá, longos passos minha vida dará."



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